Os médicos diziam que ela havia surtado.
"Foi envolta por um desespero e não se pode falar que há volta."
Mesmo com os olhos fechados, parcialmente inconsciente, era capaz de participar dos fatos, ouvir a cada boato dentro daquela pequena sala branca, rosa, azul, esverdeando. um conjunto de cores, formas e sombras que iam e vinham cada vez com menos frequência, mas não paravam de existir.
Em um breve instante eterno, afinal o tempo não lhe era real, viu sua mãe sentada à cabeceira chorando e se esforçando para entender o porque de tal ato desesperado. Seu pai parecia entediado e reclamava das altas contas, não que ali havia falta de amor, mas sim uma alta culpa com taxas mais altas ainda de sentimentos confusos. Ele nunca fora controlador de sentimentos. Seus irmão pareciam não acreditar, em choque. E seu namorado simplesmente desaparecera dali, como deveria ser.
Ainda entre todas essas sombras e cores alguns 'flashs' a vinham visitar. Cenas do que havia acontecido. Homens, rostos e o desespero de nada poder fazer pra se livrar da crueldade infundada no desejo do prazer a qualquer custo. Talvez o nojo a tenha levado a cometer a brutalidade dos ferimentos.
Médicos, enfermeiras e pacientes sussurravam pelos cantos
"Ter sido violentada a levou a isso!"
"Viu só o desespero dela ao chegar aqui?!"
"Talvez tivesse ate arrependida, mas tarde, foi um ato desesperado."
Alguns apostavam em loucura ou devaneio, afinal conseguira ir sozinha ao hospital.
Mas quem bem a conhece sabe que ela nunca conviveria bem com com isso e que só quis mesmo foi acabar com tudo antes da loucura real.
Começou a sentir saudade e de um choro suave veio um breve despertar. Sentiu uma aperto forte em sua mão e uma voz que queria muito ouvir, uma voz de esperança, mas ela já sabia que não havia volta e num suspiro esforçado falou baixinho:
Meu amor, meu chão, minha segurança, Desculpa! Mãe, pai, amo vocês!
Retribuiu o aperto em sua mão.
Fechou os olhos.
Sentiu um peso em seu peito como se alguém a abraçasse forte.
Uma lágrima correu pelo seu rosto.
Não havia mais luzes, nem sombras, nem vozes. Só o resto de um sentimento de culpa por não poder voltar atrás.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Pequenos contos
Eu nem tive como me despedir.
Esses acontecimentos não geram despedidas.
Esses acontecimentos não geram despedidas.
Ser feliz por quem lhe fez mal.
Qual o sentimento?!
Saber notícias e esboçar um sorriso:
"Ai que bom! Tá tudo certo."
Ou então simplesmente fingir que as pessoas não existem?!
Eu não sei fingir direito.
Não sei olhar pra essas "novidades" e simplesmente não abaixar a cabeça com olhos tristes.
Muito menos fingir que tá tudo normal quanto alguém quer notícias suas e eu simplesmente tenho que dizer: Tá bem!
Eu não sei mentir direito.
Só queria ter sido uma pessoa melhor...
Eu nem tive como me desculpar... A não ser pelo que eu imaginei ter feito!
Eh... Eu me desculpei!
Mas devo ter passado reto numa via sem retorno.
Penso nisso todos os dias.
TODOS
As vezes tenho medo de quem me faz feliz.
"Se eu soubesse o quanto dói a vida essa dor tão doida não doía em mim!"
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Eu tava aflita de te contar.
As sete ela passou pelo portão e foi direto para o seu quarto, fechou a porta, deitou no chão do jeito que estava, não quis ao menos se trocar.
Dormiu.
Acordou cambaleando, pelas tantas já eram quase nove. Foi ao banheiro, tirou a roupa grudada de suor da caminhada, do dia cansativo, do sol do meio dia e relaxou seu corpo no chuveiro quente... morno... esfriando.
Chorou, cantou, mal disse...
Chorou.
Voltou pro seu quarto e vestiu-se. calcinha e uma blusa de pijama.
Deitou e tentou tirar da cabeça as histórias e sensações que lhe atormentavam. Tentou esquecer de tudo aquilo que seu 'in'consiente teimava em guardar. Tentou, sem êxito, livrar-se de tudo aquilo que estava a sua volta, grudado em sua pele, escorrendo pelos seus olhos, contaminando tudo o que mais existe.
Deitada.
Cansada.
Com os olhos vermelhos.
Já não consegue uma posição.
As horas passam e o despertador vai tocar, ela sabe que vai e que já é muito tarde.
Vira, mexe...
Silêncio!
Pingos!
Na madrugada ela sai pelo portão.
Está frio e abafado ao mesmo tempo, mas nada mais importa, pois ela já não está mais ali.
Pela chuva, com os braços abertos vai se livrando de tudo.
A água passeia pelo seu corpo fazendo com que sua agonia e desespero escorra com ela até seus pés e vá se misturando à enxurrada que desce pelo chão imundo. Imundo como tudo aquilo qe estava grudado em sua pele, esculpido em sua mente, esvaindo em seu suor... Em suas lágrimas.
Corre!
Confusa e sem direção, mas como o alívio da fuga. Uma sensação de êxtase toma conta de sua mente.
Como se pudesse voar, mesmo com os pés no chão.
Gritar, estando no mais profundo silêncio.
Um poder inexplicável sobre si mesma.
Poder... Só poder. Ela parece não perceber os riscos daquela avenida.
De repente uma luz, um barulho e a realidade volta! a luz se apaga!
Escuridão...
São seis horas.
Enfim o despertador.
As oito ela sai pelo portão!
Dormiu.
Acordou cambaleando, pelas tantas já eram quase nove. Foi ao banheiro, tirou a roupa grudada de suor da caminhada, do dia cansativo, do sol do meio dia e relaxou seu corpo no chuveiro quente... morno... esfriando.
Chorou, cantou, mal disse...
Chorou.
Voltou pro seu quarto e vestiu-se. calcinha e uma blusa de pijama.
Deitou e tentou tirar da cabeça as histórias e sensações que lhe atormentavam. Tentou esquecer de tudo aquilo que seu 'in'consiente teimava em guardar. Tentou, sem êxito, livrar-se de tudo aquilo que estava a sua volta, grudado em sua pele, escorrendo pelos seus olhos, contaminando tudo o que mais existe.
Deitada.
Cansada.
Com os olhos vermelhos.
Já não consegue uma posição.
As horas passam e o despertador vai tocar, ela sabe que vai e que já é muito tarde.
Vira, mexe...
Silêncio!
Pingos!
Na madrugada ela sai pelo portão.
Está frio e abafado ao mesmo tempo, mas nada mais importa, pois ela já não está mais ali.
Pela chuva, com os braços abertos vai se livrando de tudo.
A água passeia pelo seu corpo fazendo com que sua agonia e desespero escorra com ela até seus pés e vá se misturando à enxurrada que desce pelo chão imundo. Imundo como tudo aquilo qe estava grudado em sua pele, esculpido em sua mente, esvaindo em seu suor... Em suas lágrimas.
Corre!
Confusa e sem direção, mas como o alívio da fuga. Uma sensação de êxtase toma conta de sua mente.
Como se pudesse voar, mesmo com os pés no chão.
Gritar, estando no mais profundo silêncio.
Um poder inexplicável sobre si mesma.
Poder... Só poder. Ela parece não perceber os riscos daquela avenida.
De repente uma luz, um barulho e a realidade volta! a luz se apaga!
Escuridão...
São seis horas.
Enfim o despertador.
As oito ela sai pelo portão!
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Sonho....
E ela sempre falou desse dia.
Branco
Branco é a cor que a maioria das noivas escolhem... Padrão.
E quem disse que o padrão não pode ser mais que perfeito e melhor, ÚNICO.
Ela estava linda (pleonasmo ao falar dela), "montada" de noiva e quando eu vi: Nossa, é a Andréia!
Meus olhos já estão cheios de lágrimas de novo.
Sonho realizado.
Igreja pequena. Só aqueles poucos escolhidos, e tive a honra de ser um deles.
Era ela em tudo... No vestido, nas músicas, nos adereços, nas comidas, nos enfeites. foi o dia dela.
E como eu estava feliz... ESTOU feliz.
Sonhos são alcançáveis!
E dividir isso com as pessoas que realmente se importam é melhor ainda!
Mas uma que entra para o hall das casadas.
Branco
Branco é a cor que a maioria das noivas escolhem... Padrão.
E quem disse que o padrão não pode ser mais que perfeito e melhor, ÚNICO.
Ela estava linda (pleonasmo ao falar dela), "montada" de noiva e quando eu vi: Nossa, é a Andréia!
Meus olhos já estão cheios de lágrimas de novo.
Sonho realizado.
Igreja pequena. Só aqueles poucos escolhidos, e tive a honra de ser um deles.
Era ela em tudo... No vestido, nas músicas, nos adereços, nas comidas, nos enfeites. foi o dia dela.
E como eu estava feliz... ESTOU feliz.
Sonhos são alcançáveis!
E dividir isso com as pessoas que realmente se importam é melhor ainda!
Mas uma que entra para o hall das casadas.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Um assassinato que pareça suicídio.
Quero que sofra
Que chore sem por que
Morra aos poucos sem saber a razão, como eu
E mesmo que peça perdão sucessivamente
Que nunca seja perdoado
Porque mágoas saem do rosto
Não se apagam assim como você quer
Um assassinato que pareça suicídio!
A razão de tudo que acontece
Foi você a causa e o único motivo
Não deu... Não dá valor a quem tem
Por que?
O que te falta eu não sei
Mas já que não consegue ser fiel, prefira a lealdade.
Ser leal é um dom que te faltou.
Sim, o que te falta é lealdade.
Mentiras
Intrigas
Dor
Mágoas
Arrependimento.
O sofrimento é a única coisa que sabe causar?
Um assassinato que pareça suicídio!
Peslas suas costas eu choro
Mal digo
Pergunto
Porquê?
Aos teus olhos eu rio
Esqueço
E me pergunto, pra que?
Era para ser o herói
E heróis morrem e ressurgem
Mas você esqueceu de ressurgir
Ficou "A morte do herói"
Um assassinato que pareceu suicídio!
Mas o amor é um sentimento besta
Inexplicável
Nojento
Cruel.
A gente ama por amar
E eu te amo
Um assassinato que pareça suicídio
Vou tem matar
Dessa vez eu vou conseguir te matar
E a culpa é sua!
Que chore sem por que
Morra aos poucos sem saber a razão, como eu
E mesmo que peça perdão sucessivamente
Que nunca seja perdoado
Porque mágoas saem do rosto
Não se apagam assim como você quer
Um assassinato que pareça suicídio!
A razão de tudo que acontece
Foi você a causa e o único motivo
Não deu... Não dá valor a quem tem
Por que?
O que te falta eu não sei
Mas já que não consegue ser fiel, prefira a lealdade.
Ser leal é um dom que te faltou.
Sim, o que te falta é lealdade.
Mentiras
Intrigas
Dor
Mágoas
Arrependimento.
O sofrimento é a única coisa que sabe causar?
Um assassinato que pareça suicídio!
Peslas suas costas eu choro
Mal digo
Pergunto
Porquê?
Aos teus olhos eu rio
Esqueço
E me pergunto, pra que?
Era para ser o herói
E heróis morrem e ressurgem
Mas você esqueceu de ressurgir
Ficou "A morte do herói"
Um assassinato que pareceu suicídio!
Mas o amor é um sentimento besta
Inexplicável
Nojento
Cruel.
A gente ama por amar
E eu te amo
Um assassinato que pareça suicídio
Vou tem matar
Dessa vez eu vou conseguir te matar
E a culpa é sua!
Nota: Escrevi esse poema, crônica, texto... há pelo menos uns 07 anos. Naquele dia meu ódio se fez em palavras jogadas e eu fui juntando e escrevendo e o sentimento se transformou em exatamente o que eu queria dizer aos quatro ventos naquela época.
Minha felicidade é que hoje esse Herói ressurgiu.
Não como o herói das histórias, que vem montado em glamour , mas sim como o herói real, dia-a-dia, passo a passo...
E eu ainda o amo!
Cada dia mais!
O admiro e me espelho!
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Mudança de Planos.
A mania que tenho de traçar uma linha de raciocínio é tão irreal quanto às coisas que aparecem de repente das quais não consigo fugir.
Não sei e nunca soube lidar muito bem com mudanças. Certo que não há como fugir delas, mas eu preciso de um tempo para “aceitar” e me adaptar com tudo.
Pra mim tudo tinha que ser bem simples, como um círculo vicioso.
Nascer, ser dependente, realizar sendo dependente, sair da gaiola, desprender, ser independente para bancar uma dependência caso for a sua escolha.
Está tudo meio complicado, eu sei. É que minha cabeça ta tão cheia de Felicidade; Tristeza; Trabalho; Dinheiro; Metas; Sonhos; Planos; Saudade; “Solidão”; Otimismo; Pessimismo;... MUDANÇA DE PLANOS!
Parece que a qualquer momento vai dar tela azul.
Seria tão simples se eu mesmo não complicasse tanto. Invejo àqueles que sabem esperar, que não sofrem por antecipação, que aguardam e pronto ACONTECEU. Por mais que eu tenha muita duvida da existência de alguém que simplesmente deixa fluir, do tipo: A sorte está lançada.
Se essas pessoas existissem de verdade não teríamos tanto psicólogos, psiquiatras e profissionais do gênero ganhando dinheiro a rodo para escutar problemas e desabar palavras de conforto. Muito menos livros de Auto Ajuda entre os mais vendidos.
Tudo é uma questão de máscara, tem gente que sabe “fingir”.
Acho muito bonito esse argumento otimista do:
"Amemos, façamos, realizemos, pulemos de cabeça, VIVAMOS.
Mas cai na real, quem hoje em dia da cara pro: Seja o que “Deus” quiser. Eu preciso ponderar, não sei você, mas EU preciso.
Insegurança, talvez.
A quem eu quero enganar!?! C
ertamente é insegurança. Nunca me achei auto-suficiente.
A in
segurança faz parte de mim assim como comer até não conseguir respirar.
Nem vejo tanto problema nisso. Sem dúvida um defeito, mas quem não tem. Isso nunca me tirou a vontade de tentar. A insegurança me pondera, me dá tempo pra pensar, propõe caminhos para agir de forma a não me decepcionar de mais. Afinal bem melhor receber muito quando se espera pouco.
Pode ser um pensamento negativo, mas ao meu ver é mais realista!
Essa é a minha forma de pensar. Não que não tenha ambições. Isso não vem ao caso. Todo mundo tem, mas cada um as trata de forma diferente.
Nem sei o porquê estou me justificando tanto. Nem sei se esse texto está fazendo algum sentido, não sei se está seguindo uma linha de pensamento, pois nem me lembro no que eu estava pensando quando comecei a escrever, apenas foi fluindo.
Fluindo.
Mudança de planos!
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Chegou minha vez na fila da montanha russa…
E nem sempre é totalmente prazeroso. Ainda mais quando o
único lugar que te sobra é aquele, bem na frente.
Ali... Onde você sente a queda na alma.
Alma!!! (?)
Altos e baixos são comuns na vida de qualquer pessoa. Penso
assim para não parecer piedosa comigo mesmo. Dificilmente sinto pena de alguém
e de mim é praticamente impossível.
Aquele lance de: O que acontece com a gente é fruto das
escolhas que fazemos, é outra coisa que sempre levo comigo, mas as vezes é tão difícil
achar onde foi que eu perdi a linha.
To num momento muito particular da minha vida.
Particular em coisas boas...
Em mudanças bruscas....
Particular do íntimo do meu íntimo.
Particular!!!! (?)
Até onde a gente deve chegar antes de jogar a toalha?!
Eu gosto de pontos de interrogação.
Ao pé do ouvido # Melhor Pra Mim – Leoni
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