Comemorar 32 anos não é pra ninguém.
Creio que minha crise dos 30 chegou um tanto atrasada. Afinal, estava muito ocupada nos últimos 2 anos.
E mais, meu aniversário vai colidir bravamente com minha TPM.
Não escrevi um livro,
Não plantei uma árvore,
Não tive um filho,
Não ganhei na mega sena.
Criei asas, assumi boa parte da minha vida.
Não tenho família, o que muitos acreditam ser o grande mérito de sair da casa dos pais.
Por outro lado passei por milhões de perrengues sozinha e de muitos deles me livrei. Os outros ainda convivo com eles. Sem ninguém saber, nem perguntar se eles existem. Morar em São Paulo e “sozinha” faz com que os outros acreditem que você é um super herói isento de problemas.
As vezes o que pesa pra gente como vitória passa pelos outros desapercebido simplesmente porque você resolveu trilhar seu cainho sem depender de alguém, de amor, de um companheiro.
As vezes eu busco reconhecimentos aleatórios das minhas conquistas. Burrice.
Se é difícil sozinha, encontrar alguém disposto a estar do seu lado é pior ainda. As pessoas precisam entender que não só conquistas, Somos problemas, decepções e quase ninguém está disposto a dividir o lado ímpar da moeda.
O “Não ser uma família” ou pior “não ter” as vezes dói de mais ouvir quando você simplesmente lutou tão quanto ou mais do alguém que é/tem.
Acredito que me coloquei auto suficiente para só dar importância ao que se consegue aos “olhos de Deus”. Afinal, uma mulher será sempre só uma mulher sozinha, triste e insignificante. Quer você pense que o mundo evoluiu.
Isso é um desabafo de muitas coisas que estão me chateando no último mês.
De um nó que está em minha garganta e eu sei que será assim pra sempre... Isso sempre vai doer.
Isso é relato que eu estou bem, feliz e realizada. Por mais que não pareça, afinal isso só aparece pra mim.
Isso é um grito de: Olha, eu sou bem mais eu assim! E agora sou muito mais porque acredito ter encontrado alguém pra dividir minhas conquista e não minhas batalhas, pois essas, é muito bom ter alguém pra dividir, mas eu consegui sozinha e isso é importante, pelo menos pra mim.
Essa semana eu fecho mais um ciclo na minha vida.
Está pesando.
Eu sei que agora serão outras mil decisões a serem tomadas e algumas que mudaram minha vida pra sempre.