quinta-feira, 4 de julho de 2013

O primeiro ano do resto das nossas vidas

YouPix - São Paulo - 03/07/2012

A exatamente a um ano, mais ou menos nesse mesmo horário, lá pelas 23h e pouquinho quase 00h do dia 04/07/2012 milagrosamente - graças ao toque especial de pessoas que muito nos querem bem - nos encontramos.

E aquele beijo à soleira da porta de um banheiro de um bar tosco e sem coxinhas suficiente para uma mesa de amigos mudou a nossa vida (pelo menos a minha, garanto que sim).

E tudo ficou melhor.

Uma simples tarde sentados no sofá assintindo TLC e tomando coca-cola é um programa tão completo que me parece até que é você quem faz a diferença.

Obrigada por me fazer rir toda vez que te lembro de fechar a porta do guarda roupas quando a deixo aberta. Pela garrafa d'água que vai buscar mesmo depois de ter deitado - mesmo que esteja frio - Pela caminhada na Avenida Paulista calados um ao lado do outro. Pelas massagens nos pés, no ego, na alma, na vida! E por ter me dado metade de uma fatia de bacon frito!

Obrigada pelos "boa sorte", "te admiro", "tenho orgulho", "mas, Gabriela!!!!"... Pelo eu te amo!

Obrigada pelos bons dias, por todas as tardes e por cada boa noite.

Te amo!

"O primeiro ano do resto das nossas vidas, até que sua paciência acabe e tente nos separar, Amém!"

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Sonho?!


Essa noite sonhei com minha Madrinha Cida, que já deixou esse mundinho aqui no qual a gente briga para sobreviver.

No sonho, enquanto a Tia Luri coloria as unhas dos meus pés – Essa parte é meio estranha, pois ela não disse uma palavra, apenas ficou ali como se estivesse pintando um quadro de Monet – minha madrinha acariciava minhas mãos e conversava comigo.

Quase em um monólogo, me disse sobre as escolhas da vida, das mudanças que passamos e me pediu para que eu cuidasse de mim em primeiro lugar, em todos os aspectos, pois as coisas sempre acontecem, muitas vezes sem explicações. E enquanto conversávamos quando não estava acariciando minhas mãos segurava uma delas e com a outra mão acariciava meus cabelos.

Seu toque acordou comigo como se ela tivesse acabado de sair do meu lado. Mas o que me intrigou muito foi o seu olhar. Ele até agora esta aqui, olhando pra mim... Fixos, firmes... Aqueles olhos azuis infinitos.

O olhar mais carinhoso do universo, daqueles que você sente o amor de longe.

E fiquei aqui, a tarde toda lembrando dela e da última vez que eu a vi.

Mesmo já com a doença avançada, ela ainda olhava pra todos dessa forma. Na ocasião, sentadas na sala, conversamos muito, rimos e ela estava feliz. Sim, ela estava feliz! Quando me levantei pra ir embora deixei todos a cumprimentarem e fui me despedir por último. Nessa hora ela me olhou com o mesmo olhar, virou pra mim e disse: “Eu te amo muito, você foi um dos maiores presentes que eu podia ter ganhado. Seu Tio se foi e me deixou você de presente.” E pegando firme com as duas mãos no meu rosto terminou: Nunca se esqueça disso!"

Retribui o carinho dizendo pra ela tudo o que eu sentia. Deixando claro que se ali havia alguém de sorte, era eu. Sai. Entrei no carro e desabei em lágrimas... Pareceu minha despedida. E realmente foi, ali, feliz, contente, foi a última vez que a vi e agradeço eternamente por ter tido esse chance de falar pra que ela sempre foi importante.

Meu erro, talvez, é nunca ter dito isso todos os dias. Mas eu tenho a certeza de que ela sabia.

Partiu e deixou muita gente com saudades, porém pessoas de muita sorte por ter o privilégio de ter vivido sob esse olhar.

Obrigada, Madrinha!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Sonhos. Deu crise!



Comemorar 32 anos não é pra ninguém.
Creio que minha crise dos 30 chegou um tanto atrasada. Afinal, estava muito ocupada nos últimos 2 anos.
E mais, meu aniversário vai colidir bravamente com minha TPM. 
Não escrevi um livro,
Não plantei uma árvore,
Não tive um filho,
Não ganhei na mega sena.

Criei asas, assumi boa parte da minha vida.

Não tenho família, o que muitos acreditam ser o grande mérito de sair da casa dos pais.

Por outro lado passei por milhões de perrengues sozinha e de muitos deles me livrei. Os outros ainda convivo com eles. Sem ninguém saber, nem perguntar se eles existem. Morar em São Paulo e “sozinha” faz com que os outros acreditem que você é um super herói isento de problemas.

As vezes o que pesa pra gente como vitória passa pelos outros desapercebido simplesmente porque você resolveu trilhar seu cainho sem depender de alguém, de amor, de um companheiro.

As vezes eu busco reconhecimentos aleatórios das minhas conquistas. Burrice.

Se é difícil sozinha, encontrar alguém disposto a estar do seu lado é pior ainda. As pessoas precisam entender que não só conquistas, Somos problemas, decepções e quase ninguém está disposto a dividir o lado ímpar da moeda.

O “Não ser uma família” ou pior “não ter” as vezes dói de mais ouvir quando você simplesmente lutou tão quanto ou mais do alguém que é/tem.

Acredito que me coloquei auto suficiente para só dar importância ao que se consegue aos “olhos de Deus”. Afinal, uma mulher será sempre só uma mulher sozinha, triste e insignificante. Quer você pense que o mundo evoluiu.

Isso é um desabafo de muitas coisas que estão me chateando no último mês.

De um nó que está em minha garganta e eu sei que será assim pra sempre... Isso sempre vai doer.

Isso é relato que eu estou bem, feliz e realizada. Por mais que não pareça, afinal isso só aparece pra mim.

Isso é um grito de: Olha, eu sou bem mais eu assim! E agora sou muito mais porque acredito ter encontrado alguém pra dividir minhas conquista e não minhas batalhas, pois essas, é muito bom ter alguém pra dividir, mas eu consegui sozinha e isso é importante, pelo menos pra mim.

Essa semana eu fecho mais um ciclo na minha vida.
Está pesando.
Eu sei que agora serão outras mil decisões a serem tomadas e algumas que mudaram minha vida pra sempre.